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sábado, 21 de março de 2015

A vida nada organizada de Ashley: A alegria inesperada.


          Abri os olhos, olhei no relógio à esquerda, marcavam 5:45, outra vez atrasada, corri, tomei banho, me arrumei o mais rápido que pude, passei pela cozinha, peguei um pacote de bolachas e sai em direção ao carro. Chegando lá vi que haviam deixado uma caixa na entrada de casa, sem lacre - muito menos remetente. A peguei e levei para dentro da garagem, me parecia um pouco pesada, mas quando ia abri-la me celular toca e é a minha chefe:
          - Olá Dona Margareth, bom dia!
          - Onde você está?
          - Estou à caminho o transito hoje está um inferno. - Digo ligando o som do carro e aproveitando para dar uma bozinada, na esperança de que ela acreditasse.
          - Se você não estiver na redação em 1h, pode aguardar a sua carta de demissão. - Falou num tom seco e grosso, logo em seguida desligou sem nem ao menos me dar a chance de tentar responder.

          Com a correria, acabei nem olhando dentro da caixa, entrei no carro sem nem olhar para trás, sai torcendo para dar tempo. Com sorte o transito estava razoável, felizmente cheguei ha tempo. Fui para a minha mesa toda apressada, - que fica de frente para a sala da Dona Margareth e que tem as paredes de vidro; - ao olhar de relance naquela direção pude perceber que a megera nem lá estava. Aliviada, suspirei e relaxei o meu corpo, afinal já não estava mais sobre pressão.
          Naquele dia, as horas passaram tão rápido que quase nem tive a percepção de as ver passar, afinal hoje era dia da revisão editorial final da revista "TEEN LIFFE"À caminho de casa, com meu estomago colado nas costas, me lembro de que esqueci de descongelar a janta, então passo em um Fast-Food e levo para comer em casa mesmo. Ao estacionar o carro na garagem pude ver a bagunça que estava por lá - tentando me recordar de quando foi a ultima vez que mexi naquelas coisas - quando me deparo com algumas poças do que aparentava ser xixi, próximo as prateleiras e a porta de entrada para a cozinha, - que por sorte eu havia trancado - olho ao redor, vejo a minha direita a caixa que eu havia colocado na garagem mais cedo tombada e levemente rasgada, olho para a esquerda e me deparo com uma bolinha de pelos branquinhos tirando um cochilo, - sorri como uma criança, meu coração até deu uma paradinha de dois segundos ao ver aquela lindeza.
          Peguei-o e entrei para casa, fui alimentá-lo, imaginei que estivesse tão faminto quanto eu. Fiquei tão empolgada com a chegada desse serzinho que dará fim as minhas noites solitárias. Brincamos um pouco depois de nos alimentarmos, - porem ainda não havia escolhido um nome para ele - coloquei-o de volta na caixa e dei a ele uma manta velhinha, tomei um banho, fui para a cama, cansada, mas não o bastante para pegar no sono, então fiquei a pensar em quem poderia ter deixado ele ali na entrada de casa, fiquei pensando se ele já tinha um dono, se ele realmente não tivesse um em qual nome eu daria para ele, em como havia sido turbulento o meu dia e na alegria que ele me trouxe. Acabe pegando no sono.

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